__"O perfeito amor lança fora o medo"
1 Jo 4.18
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Pr. Walter Santos Baptista
Pastor da Igreja Batista Sião em Salvador, BA
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A PROSTITUIÇÃO INFANTIL não é uma Parafilia, mas, sim, uma monstruosidade.
A prostituição é vista na Bíblia como uma abominação (Dt 23.18; Mc 7.21; Gl 5.19). Sendo de menores, é execrável, não havendo palavras para descrever esse odioso, porém real fato em nosso país.
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Ela se inicia com muita carência afetiva e dor.
Há muito de infantil naquelas meninas que perderam a infância e a inocência e já são mulheres. A TV mostrou num documentário uma bonequinha em cima da cama de uma menina prostituída, estando, ela mesma, agarrada a um ursinho. São meninas mal-amadas na própria casa paterna, e nas casas onde "trabalham". São extremamente mal-amadas, razão porque andam à busca de mais afetividade, nunca encontrando essa afeição.
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Consciência da realidade elas têm, sabem onde estão, e o que fazem, mas não conseguem se libertar. O cafetão representa, em muitos casos, a figura do pai, com a ênfase no homem poderoso que a protege. O pai que dá o alimento, o amparo da noite ou do dia, é o homem forte que explora e lucra. Por outro lado, os homens que se aproveitam sexualmente dessas menores são pervertidos, enfermos que se aproveitam da debilidade física e emocional dessas garotas, mas nunca foi amor...
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A Escritura Sagrada apresenta passagens que falam periférica mas implicitamente de prostituição de menores: "Deixai vir a mim as criancinhas, e não as impeçais porque das tais é o reino dos céus" (Marcos 10.14)
"Aquele que escandalizar um destes pequeninos..., melhor seria que pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e se precipitasse na profundeza do mar" (Mateus 18.6)
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Os evangélicos buscam repassar os valores cristãos. São valores de qualidade, de vida moral equilibrada. De modo geral, a nossa juventude não faz parte desse grupo de comportamento de risco que anda se prostituindo porque são rapazes e moças guiados por valores. Ninguém foi criado para ser prostituído, mas para honrar a Deus.
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Se isso nunca foi amor, que caracteriza o amor pleno, ungido, abençoador? Definições, existem-nas aos milhares. Luís de Camões num inspirado soneto explica que "Amor é um fogo que arde sem se ver, É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente, É dor que desatina sem doer". E em todo o restante do soneto, tentando conceituar o que é o amor diz que é amor e sofrimento, desprendimento, doação e um paradoxo.
A Palavra Santa, porém, é sempre esclarecedora e ensina que "o perfeito amor lança fora o medo" (1Jo 4.18), e Paulo, apóstolo, cantando as virtudes do Amor (Ágape em 1Coríntios 13) explica pela intervenção do Espírito Santo que tem as qualidades da paciência e da benignidade, da ausência do ciúme (que é medo de perder), administra perfeitamente o orgulho e a soberba, guarda a conveniência em tudo, é respeitador, portanto, é altruísta, ama a verdade e a pureza de intenções.
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Isso é amor, e se não permear as intenções, pensamentos, palavras e ações é só barulho, trovão, ruído sem sentido. Basta comparar essas ungidas qualidades com as Parafilias, e estas serão vistas como as aberrações descritas pela Psicanálise freudiana, e, mais importante ainda, segundo o coração de Deus, que nos concede Seu Shalom como inteireza, justeza, plenitude, saúde e paz de mente, de corpo, de espírito, paz total e integral.
S.Q.