Deputada denuncia ameaças que vem sofrendo

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A presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito de Combate à Pedofilia e ao Abuso Infanto-Juvenil, deputada Eliziane Gama (PPS), subiu a tribuna da Assembléia Legislativa, na manhã desta terça-feira (2), para relatar uma ligação que recebeu com ameaças e intimidações a cerca da ida da CPI à cidade de Açailândia.
A parlamentar estaria em Açailândia, na manhã desta terça-feira, dia 2, para participar de uma reunião solicitada pelo Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente de Açailândia (Fórum - DCA), Conselho Tutelar (Contua) e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Açailândia (Comucaa), para tratar sobre a morte de adolescentes que estavam cumprindo medidas socioeducativas de internação no Centro da Juventude Esperança (Funac).
No início da noite de segunda-feira, dia 1º, a deputada decidiu que não iria mais participar da reunião por falta de organização do aparato policial necessário para a segurança da comitiva. "Nós estaríamos realmente programados para estar na cidade de Açailândia, mas não houve tempo hábil para uma organização do ponto de vista de gabinete militar e de Polícia Militar para fazer o nosso acompanhamento àquela cidade", disse a deputada.

Ligação
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Por volta de 23h, a deputada Eliziane Gama foi surpreendida com uma ligação ameaçadora de uma pessoa não identificada, que afirmou que a parlamentar corria risco de morte casso fosse à cidade de Açailândia.
"Recebi no meu celular uma ligação ameaçadora. A voz era de um homem que se identificou como da cidade de Açailândia, e com tons ameaçadores e intimidadores disse que eu estaria correndo risco de morte", relatou na tribuna.
Durante o discurso, a parlamentar ressaltou que a ligação teve como fim intimidá-la e tentar barrar os trabalhos e atividades realizados pela CPI de Combate à Pedofilia na capital e interior do Maranhão.
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"Estamos com trabalho de combate à prostituição infantil no Maranhão e nada vai fazer parar. Essa é nossa luta, independentemente de ameaças, independentemente de qualquer situação", ressaltou. A deputada disse ainda que encaminhará pedido de investigação à Delegacia Geral do Estado para a devida apuração da origem e autoria da ligação e também pedirá reforço no acompanhamento dado à CPI à presidência da AL.
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"Quem ameaça também está cometendo um crime, e se está cometendo um crime está passível da nossa legislação brasileira", falou.
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B.O.
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Fonte: O Estado do Maranhão

Amazônia: Eldorado da prostituição Infantil

Os novos eldorados econômicos da Amazônia apresentam números de exploração sexual de crianças e índices de qualidade de vida na infância piores que os de outras cidades na floresta, informam os enviados especiais do Estado à região Leonêncio Nossa e Celso Júnior.

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Líderes na arrecadação de impostos e royalties de gás, petróleo, bauxita e minério, os municípios de Coari (AM), Juruti e Parauapebas (PA) vivem um bom momento econômico, mas registram, ao mesmo tempo, índices de violência contra meninas proporcionalmente semelhantes aos que surgiram nos anos 70, no rastro da traumática experiência de desenvolvimento impulsionada pela Rodovia Transamazônica, pela mina de Serra Pelada e pela hidrelétrica de Tucuruí.
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Após 34 anos da abertura da Transamazônica e de 25 anos do auge do garimpo e da inauguração da usina, a Amazônia desses municípios repete padrões de crescimento igualmente destruidores, tem gestões públicas sem transparência, além de ignorar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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A estatística das meninas grávidas com idade até 15 anos é o retrato fiel da situação. Das mulheres que tiveram filhos no Brasil, nos primeiros seis meses de 2009, 1,3% estavam nessa faixa. Esse índice cresce nos Estados do Amazonas e do Pará para 1,9%, mas é dez vezes maior em Coari, 13,9% – em 1995, um ano antes da chegada da Petrobras à cidade, 1,7% das grávidas do local tinha idade abaixo de 15 anos.

Nos projetos de prefeituras e empresas que lideram a atividade econômica nesses locais – Alcoa, Vale e Petrobrás – sobram intenções e faltam objetivos práticos que mudem o panorama. E não é por falta de dinheiro.

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B.O.

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Fonte: Nilnews